Arquivo de maio \17\+00:00 2009

Mobile está no futuro das agências

26 de Maro de 2009
por Pedro Bombonatti

Via: Propmark

cell-banner.JPGProfissionais do mercado apostam que nos próximos anos maioria das agências deve ter setor específico para ações móveis; OgilvyOne abrirá núcleo nos próximos meses

Embora seja visto como mercado promissor para anunciantes que apostam na inovação e interatividade em tempo real, o mobile marketing tem um longo caminho a trilhar até se tornar maduro. A começar pelo próprio sistema de comercializar o formato. As agências não estão preparadas para oferecer de forma adequada e estratégica todas as ferramentas que englobam a mobilidade, como SMS, MMS, Bluetooth, entre outras tantas que surgiram exponencialmente com os “smart phones”.

“Está tudo muito confuso. As agências estão agindo de forma incompetente nesse meio. Mas acredito que a tendência é que cada empresa crie seu núcleo mobile e deixe de trabalhar com empresas parceiras que possuem expertise no segmento”, declarou Renato de Paula, diretor regional da OgilvyOne, em painel no segundo dia do Mobile Marketing Fórum (MMF), que aconteceu nesta quarta-feira (25).

Renato explicou que hoje a agência trabalha com parceiros quando o assunto é mobile, mas que o plano é que a Ogilvy abra nos próximos meses um núcleo específico para desenvolver esse tipo de ação.  “Ainda não está decidido se compraremos uma empresa ou se vamos oferecer treinamento para a nossa equipe. Temos um grande cliente nos pressionando para desenvolvermos ações de mobile e é possível que isso aconteça com mais freqüência daqui por diante”, afirmou.

Uma dessas empresas parceiras é a Pontomobi, que tem o papel de esclarecer para anunciantes e agências quais as possibilidades existentes na mobilidade. “Hoje muitas agências tradicionais sequer têm uma área digital. Mesmo que muitas se atualizem criando áreas próprias de mobile, acredito que essa parceria ainda será necessária”, afirma Leonardo Xavier, sócio-diretor da Pontomobi, que também participou da discussão.

Agência de promoção e ativação, a Future Group é uma das que já possui uma área própria de mobile marketing atuando diretamente no planejamento de ações estratégicas para o cliente. “O que percebo é que esse tipo de cadeia ainda está em formação no mercado. Os clientes ainda não entendem todas as ferramentas, por isso é preciso simplificar a oferta e mostrar de forma objetiva os resultados”, declara André Frota, vice-presidente do Future Group.

Para João Montes, gerente internacional da agência MKTM, a convergência de forças dentro da estrutura das agência é inevitável. “Acho que será uma mudança gradativa, que deve acontecer nas agências nos próximos cinco anos. O mobile passará a integrar o mix de marketing e será visto como mais um canal para o anunciante investir, e não só como uma forma de inovar”, aposta Montes.

Suporte

Outra prova de que há algo errado na forma de as agências promoverem o mobile para os clientes é o fato de esses últimos estarem procurando diretamente empresas especializadas nas ferramentas e suporte tecnológico de mobile, em vez  de discutir a estratégia  com suas respectivas agências.

É o que aponta Fabricio Bloisi, ceo da ComperanTime,  empresa de produtos e serviços móveis. “Recebemos muito anunciantes interessados em conhecer as possibilidades móveis e até desenvolvemos produtos diretamente para eles. Depois os mesmos decidem qual agência irá trabalhar campanhas que integrarão as ações de mobile”, afirmou.

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Governo do RJ planeja utilizar mais o SMS como ferramenta de comunicação

18 de Abril de 2009
por Pedro Bombonatti

governo-rj-sms

Segundo o site TELETIME, o governo do Rio de Janeiro quer expandir o uso do SMS como forma de comunicação com os cidadãos. Dentre os serviços que deverão ser oferecidos estão: confirmação de agendamento de consultas em hospitais estaduais e acompanhamento de processos, como abertura de firma, solicitação de aposentadoria,  resultado de contestação de multa de trânsito etc.

Essa ideia surgiu após um case bem-sucedido realizado no início deste ano na área de educação do estado:

Na pré-matrícula, que é toda feita via internet, os pais dos alunos tinham a possibilidade de informar seu número de celular. Dos 225 mil que realizaram a pré-matrícula de seus filhos, 70% forneceram o número de telefone móvel. Para eles, houve um envio de confirmação da pré-matrícula por SMS. Por segurança, a confirmação também foi enviada por e-mail e por carta. Mensagens de texto foram utilizadas também para a comunicação da data e do local da matrícula, assim como para alertar sobre documentação pendente do aluno. “Foram enviadas cerca de 500 mil mensagens de texto“, relata Coelho. O serviço foi prestado ao governo pela Oi, que cuidou da contratação de um integrador.”

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Aplicativo para iPhone do The Wall Street Journal

26 de Abril de 2009
por Pedro Bombonatti

wsj-iphoneO The Wall Street Journal é um dos poucos grandes jornais que “fecha” o seu conteúdo online. Para ter acesso a essas noticias, os usuários devem se cadastrar no site e pagar cerca de US$103/ano. Essa introdução só serve para dar mais valor a notícia que vem a seguir…

O mesmo The Wall Street Journal recentemente lançou um aplicativo para iPhone e adivinhe… Tanto o seu download, quanto acesso ao conteúdo disponibilizado pelo jornal, é gratuito (estou ignorando o tráfego de dados). O aplicativo, além das noticias oferecidas pelo jornal, traz vídeos, podcasts e disponibiliza que o usuário salve e as matérias que considerar interessante. Vale a pena conferir.

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Celular nos planos da televisão

29 de Abril de 2009
por Pedro Bombonatti

estadao-mobile-tv

O caderno de economia do Estadão da última segunda-feira publicou uma matéria com o seguinte título “TV aberta busca seu espaço em novas telas”.

Com o sinal digital, a televisão ganha mobilidade. Segundo a matéria, celulares habilitados para receber os sinais de TV já são uma realidade. Os preços ainda são salgados, mas a tendência é de queda.

A TV aberta por aqui ainda detém (disparadamente) a maior fatia do bolo publicitário. Dos mais de R$ 20 bilhões investidos em propaganda anualmente a televisão fica com quase 60% e, mesmo assim, está voltando seus olhos para “novas telas”. A própria Globo já deixou claro que está tratando as novas plataformas com cada vez mais importância.
Na Rede Record, o diretor de Tecnologia, José Marcelo Amaral, também reforça esse interesse: “Para manter a sua força, a televisão aberta precisa estar presente nas demais mídias digitais”, disse ele, ao responder sobre o fato de a TV caminhar para ser vista em múltiplas telas.

A matéria do Estadão termina com o seguinte parágrafo:

O celular, aliás, é o novo aliado das emissoras de TV. Todas apostam em estender sua audiência para ele, oferecendo, até por meio das operadoras, pacotes específicos para as microtelinhas. A Globo já prepara algo do gênero para distribuir seu conteúdo jornalístico.

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QR code na Info

02 de Maio de 2009
por Pedro Bombonatti

A revista Info, da Abril, publicou uma matéria bem ampla sobre QR codes. De professores a provedores de tecnologia, o texto cita exemplos de uso dos códigos 2D, explica a tecnologia e discorre sobre o futuro,  sua atual penetração e o mercado japonês. Veja abaixo o que considerei mais interessante na matéria:

qr-code-info

Segundo uma estimativa da Trevisan Tecnologia, que desenvolve soluções usando o código, o número de aparelhos no Brasil que “suportam” o leitor de QR codes é de cerca de 40 milhões. Em relação ao tradicional código de barras, o código 2D permite incluir um número muito maior de caracteres  (13 contra 7 089 caracteres). Além disso, ainda há a vantagem de poder usar caracteres alfanuméricos (nesse caso são 4 296 caracteres). A leitura é possível até em casos em que o símbolo esteja sujo ou apagado, pois há uma tecnologia de correção de erros.

A matéria ainda citou o jornal A Tarde, de Salvador , onde QR Code é usado diariamente para complementar o conteúdo do veículo impresso. Quando a reportagem fala de um show ou filme, por exemplo, o código dá acesso a um texto com a programação. Além disso, o jornal ainda oferece vídeos (como gols da rodada, por exemplo). Ana Carolina Casais, coordenadora de novos negócios do grupo A Tarde, destacou que “o preço do tráfego de dados ainda é um obstáculo a esse tipo de serviço”.

Outro case citado foi o do Cinemark. Quem compra o ingresso para as sessões de cinema pela internet já recebe pelo celular uma mensagem com o código. Diversas salas de cinema em São Paulo contarão com máquinas capazes de ler o ingresso digital, segundo Solange Almeida, diretora de tecnologia do Cinemark.

Por fim a matéria apresentou diferentes leitores de QR codes e sites onde é possível criar os códigos. Para conferir, clique no link “revista Info da Abril” no primeiro parágrafo :) .

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Microsoft vem forte para o mobile advertising

07 de Maio de 2009
por Pedro Bombonatti

msn-mobileSegundo notícia do TELETIME a Microsoft vai inaugurar um novo modelo de negócios para mobile advertising no Brasil. Na contramão do que fazem os outros portais, a empresa irá dividir sua receita de publicidade móvel com as operadoras de celulares.

A Microsoft terá essa postura porque entende que com esse modelo de negócios, contando com a “ajuda” das operadoras, conseguirá montar um inventário muito significativo. Atualmente a Microsoft está presente nos decks da Vivo e da Oi e já assinou contratos com a TIM e com a Claro.

A Microsoft por si só já garantiria um inventário importante, abrindo novas possibilidades para os anunciantes. Porém, com essa parceria, ela consegue aliados importantes e exposição para os seus portais. Acredito que em pouco tempo a Microsoft será um dos portais mais interessantes para campanhas de mobile advertising.

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O lugar da comunicação e da relação dialógica na era das conexões: telefone celular e novas formas de relações sociais

Dra. Maria Dalva Ramaldes1

Universidade Federal do Espírito Santo

Este artigo se insere no debate sobre tecnologias digitais móveis e novas formas de agregação social na contemporaneidade, especialmente pela presença do telefone celular, em diferentes condições de uso. O objetivo é identificar as relações sociais como processos dialógicos e dinâmicos, próprios dos atos de linguagem, capazes, assim, de estabelecer regimes de interação[2]. A reflexão abarca a cibercultura, a partir da constituição e características das smarth e flash mobs[3] como experiências eventuais de partilha de experiências, assentadas não só em disposições racionais, mas também afetivo-emocionais. O aporte teórico é centrado nos estudos de Greimas e Bakhtin, e em uma perspectiva sintomática, pela observação do papel cooperativo do usuário de celular às redes no ciberespaço e ao Jornalismo, não ignorando o próprio dispositivo tecnológico como mídia estratégica para o mundo dos negócios.

( Para ter acesso ao Projeto da Dra. Dalva Ramaldes clique: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-1762-1.pdf )



[1] Professora do Curso de Comunicação Social da Ufes, coordenadora do Grupo de Pesquisa (CNPq) Tudo na Telinha: Jornalismo e Publicidade Digital Móvel. e-mail: mdramaldes@yahoo.com.br
[2] Denominações dadas por Rheingold (2003) às redes ad. hoc,  distinguindo-as pelo caráter próprio de cada uma:  Smarth mobs (político-ativista) e Flash Mobs (entretenimento/ hedonistas)
[3] Uma transposição conceitual  de interação como reciprocidade de comportamento das pessoas, pela conversação face a face (focalizada) ou de co-presença (não focalizada), para  um ambiente virtual, de contato por meio tecnológico.

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O telefone celular como mídia e a linguagem publicitária

Por Ofhélia Raquel Roman Lemos

A comunicação publicitária, ao longo do tempo, vem se adaptando, ou mesmo se apropriando de tecnologias da comunicação que apresentam potencial para torná-la cada vez mais efetiva e competente, tanto em termos de inserção de seus discursos de natureza comercial quanto de possibilidades de maior interação com o seu público-alvo. Ao longo da história da Comunicação, o advento de novos canais como o rádio, o cinema, a televisão e o computador, além do jornal e outras formas impressas como revistas, cartazes, out-doors, etc, serviram para que a Publicidade pudesse encontrar os gêneros, formatos e estilos textuais adequados aos dispositivos enunciativos que cada um permita acionar. No caso do celular, as  inovações tecnológicas passam a exigir a produção de conteúdos específicos, o que ultrapassa a capacidade que eles já apresentam, de servirem como suportes de conteúdos originários de outras mídias.
Isto foi possível porque a Publicidade não tem uma linguagem própria, mas mecanismos distintos de textualização de seus conteúdos em diferentes meios de comunicação:

“Na verdade, não há uma língua própria da publicidade e sim determinadas
habilidades e técnicas lingüísticas em uso nos anúncios e nos texto da
propaganda rotulado de ‘linguagem publicitária’. Trata-se de um registro ou
variação da língua, que como modalidade técnica tem certo grau de
formalidade e de adequação à mensagem a ser expressa.” (MARTINS: 1997,
p.33

Assim como a imprensa escrita, o rádio, a televisão, os computadores, câmeras digitais e telefones celulares também passaram a fazer parte da rotina das pessoas e a representar novas formas de percepção, interação e expressão com o mundo. Uma característica que se acentua com as mídias digitais móveis na contemporaneidade. A capacidade de transmissão de conteúdos publicitários já não se resume aos meios tradicionais ou mesmo à internet, invadindo os novos meios digitais, de modo que, por exemplo, muitos jornais já se ocuparam de aproveitar a capacidade dos celulares multifuncionais2 para também ampliar a difusão de seus conteúdos.

(Para ter acesso à Pesquisa de Ofhélia Raquel acesse: http://www.easy-share.com/1905112908/relatóriofinalofhéliaraquel.pdf)

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Mídia digital móvel e a linguagem jornalística

Por Cristina Oliveira dos Santos

O jornalismo, com a finalidade de inovar a comunicação, tem se adequado às novas tecnologias e às necessidades de seu público-alvo ao longo dos anos. Dessa forma, toda mídia que “intenciona” levar informação a seus enunciatários visa, primordialmente, a realização de um estudo para descobrir qual linguagem, gêneros e formatos serão mais adequados para determinado tipo de informação.
Assim como relata o autor José Marques de Melo, o jornalismo passou a se articular em função de dois núcleos de interesse: a informação (saber o que passa) e a opinião (saber o que pensa sobre o que passa).
“Daí o relato jornalístico haver assumido duas modalidades: a descrição e a versão dos fatos. Esse relato só adquire sentido no confronto com o destinatário, onde reside a autonomia do processo jornalístico – na liberdade que tem o receptor de escolher o que quer saber e através de que meios vai concretizá-lo”(MELLO, 1994, pg.63)Diante disso, o celular hoje é pensado como a mais nova mídia da atualidade, por sua portabilidade e por
ser de fácil acesso. É um meio promissor de difusão de informações em tempo real para qualquer parte do mundo que tenha um sinal telefônico. De acordo com a Anatel3 a planta de celulares, no Brasil, já ultrapassa a extraordinária marca dos 102,13 milhões de aparelhos, alcançando camadas segmentadas econômica, geográfica e demograficamente. O fato é que o celular tem potencial para atender inúmeras necessidades e expectativas dos usuários, de um lado, e dos empresários, do outro. No setor corporativo, por exemplo, tornou-se uma excelente opção para aprimorar o relacionamento com clientes, inserindo um novo conceito de abordagem, cuja principal característica é levar informações do interesse de quem as recebe. Informação jornalística e publicitária via celular já é uma realidade.

( Para ter acesso à Pesquisa de Cristina Oliveira dos Santos acesse:http://www.easy-share.com/1904563741/relatório)

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O telefone celular e as possibilidades de consumo, coletividade e sociabilidade nas multidões inteligentes.

Por  Breno Maciel Souza Reis

A informatização da sociedade, fenômeno iniciado a partir da década de 70 com o surgimento da microinformática, e que ganhou força nos anos 80 e 90, com a popularização da internet e do computador, trouxe mudanças significativas na forma como as pessoas se comunicam e se reconhecem em uma realidade que agora ultrapassa as barreiras físicas e geográficas impostas. Se antes era improvável se pensar em um ambiente virtual, ou não-real, que se configurava principalmente pela ausência da necessidade da presença física, agora os avanços tecnológicos, como o telefone celular e a possibilidade de conexão à internet sem fio ou wireless, se configuram de forma a criar uma rede de pessoas conectadas entre si à distância, e capazes de produzir “[…] transformações nas práticas sociais, na vivência do espaço
urbano e na forma de produzir e consumir informação”. (LEMOS, 2003, p. 18).
O fenômeno da comunicação por conexão sem fio provocou alterações na forma como se cria e consome informação,e, aqui, interessa pensar como a publicidade pode se utilizar dessa nova realidade para a divulgação de mensagens através destes dispositivos móveis. O telefone celular como mídia apresenta grandes potencialidades. Só no Brasil, segundo relatório divulgado pela Agência Nacional deTelecomunicações (Anatel), o número de telefones móveis é de 124.122.479 milhões1, dos quais mais de 90% habilitados para o envio e recebimento de SMS (Short Message Service), ou mensagens de texto2. O uso do telefone celular para a veiculação de conteúdos torna-se, portanto, um objeto de estudo inovador, constituindo-se assim um desafio, considerando, sobretudo, que esta potencialidade deve ser examinada em relação direta com a finalidade de origem deste suporte para a telefonia. Há que se considerar também as características específicas do meio, da diversidade dos usuários e os recursos tecnológicos disponíveis para a transmissão de conteúdos via celular, de forma a identificar as formas de organização discursiva e textualização expressiva que mais se adequem a este novo “meio” de comunicação.

(Para ter acesso à pesquisa de Breno Maciel Souza Reis, clique aqui.

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