Arquivo de janeiro \22\+00:00 2010

Nokia populariza GPS no celular e integra localização a redes sociais

Modelos 5800 e 6710 Navigator já podem contar com GPS orientado por voz gratuito no Brasil e integração do serviço Ovi Mapas ao Facebook.

Disposta a atrapalhar a rota do Google Maps nos dispositivos móveis, a fabricante finlandesa de celulares Nokia pegou o caminho da popularização. A partir desta quinta-feira (21/1), a empresa anuncia a oferta gratuita do serviço Ovi Mapas em 10 aparelhos da companhia, no mundo, incluindo GPS orientado por voz e sua integração a redes sociais.

O Brasil está entre os 180 países que terão acesso ao serviço de mapas, com pontos turísticos em 3D, e entre os 74 que contam com o recurso de GPS guiado por voz em 46 idiomas (incluindo o português) para rotas de carro e a pé. Além disso, o Ovi Mapas já está integrado ao Facebook, permitindo ao usuário postar um conteúdo na rede social e identificar sua localização, em tempo real.

No mercado brasileiro, o serviço já pode ser usado nos aparelhos Nokia 5800 e 6710 Navigator. Nas próximas semanas, o modelo N97 também será compatível com o novo Ovi Mapas e, até o fim de abril, a base contemplará 7 aparelhos, incluindo o smartphones Nokia E72 e modelos mais populares como o 5230, informa a diretora de marketing da Nokia no Brasil, Gabriela Portugal, em entrevista ao IDG Now!. Nos próximos meses, o número de modelos compatíveis sobe para 20.

Com a estratégia, a Nokia está de olho em um mercado potencial de 166 milhões de aparelhos compatíveis com serviços de GPS e do qual possui 50% de participação, segundo a consultoria Canalys. “Chegou a hora de transformarmos o mercado de navegação e fazê-lo dobrar de tamanho”, afirma Gabriela.

A partir de hoje, 20 milhões de aparelhos da fabricante finlandesa já podem usar o serviço, por meio do portal http://www.nokia.com.br/mapas ou pelo próprio aparelho. Até o final deste ano, a empresa espera contar com 50 milhões de aparelhos elegíveis ao GPS. Antes da abertura do Ovi Mapas, o serviço era oferecido somente de forma embarcada em alguns aparelhos e a licença de navegação por voz custava 150 reais por um ano.

Integração com guias e uso offline
Para bloquear a rota de serviços gratuitos como o Google Maps, nos celulares, o aplicativo da Nokia já oferece a opção de acesso offline com imagens vetoriais, informa o gerente de serviços e soluções da Nokia no Brasil, Vinícius Costa.

Se estou em algum lugar sem sinal ou sem cobertura é possível pré-carregar a base de mapas no aparelho e manipular as imagens sem ter de carregá-las novamente”, explica. “Isso reduz custos com o uso de dados em roaming internacional, durante uma viagem, por exemplo”.

A nova versão do Ovi Mapas também conta com parcerias com os guias Lonely Planet e Michelin, indicando hotéis, restaurantes e opções de entretenimento mais próximas do usuário, além da previsão do tempo local.

O serviço ainda destaca pontos turísticos em 3D. “No Brasil, além da imagem de satélite, na navegação comum (2D), temos 26 pontos no Rio de Janeiro e 24 em São Paulo, no formato 3D, para ajudar na navegação”, informa Costa. O serviço conta com mais de mil cidades brasileiras mapeadas.

Social location
A expansão do Ovi Mapas faz parte de uma estratégia maior da Nokia de integrar os serviços de localização às redes sociais, explica Gabriela. “Tão importante como o que você está fazendo agora é de onde você está fazendo”, comenta a executiva, sem revelar outros serviços que sucederão o Facebook na iniciativa. “Estamos em negociação com os parceiros”, diz.

Além de localizar seus posts no Facebook, com fotos e textos, o usuário pode criar seus ‘mashups’ na página do Ovi Mapas, marcando e comentando seus pontos de interesse para depois sincronizá-los com o celular.

A integração com redes sociais também é uma forma de atrair desenvolvedores de aplicativos para a plataforma Symbian. Hoje, o Fórum Nokia conta com 4 milhões de desenvolvedores no mundo e 50 mil brasileiros, que podem oferecer aplicações globalmente. O kit de ferramentas (SDK) do Ovi Maps já está disponível no fórum desde novembro de 2009.

IDG NOW

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Banda larga móvel terá 1,5 bilhão de assinantes em 2013

Número de pesquisa da Acision e da Cisco é 7,5 vezes maior que o apurado em 2008; acesso via dispositivos móveis será predominante.

As assinaturas de banda larga móvel deverão saltar de pouco menos de 200 milhões em 2008 para 1,5 bilhão em 2013, segundo pesquisa elaborada pela empresa de soluções para comunicação Acision, em parceria com a fabricante de hardware para redes Cisco.

A fatia maior dessa expansão se dará na região da Ásia-Pacífico (cerca de 400 milhões), seguida da Europa Ocidental (300 milhões, aproximadamente) e da América do Norte (200 milhões).

O levantamento revela que cada vez mais os dispositivos móveis serão usados para acessar a internet. Segundo o estudo, em 2013 o número de acessos via aparelho móvel será aproximadamente seis vezes maior que o via PCs portáteis.

O acesso a internet via dispositivos móveis é considerada pelo Fórum Econômico Mundial o “agente da mudança” para o progresso econômico e social, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (18/1). Segundo a previsão do Fórum, em 2012 1,7 bilhão de pessoas terão celular, o que ajudará a elevar os gastos anuais globais em telefonia móvel a US$ 2,3 trilhões.

Inovações
O sucesso da banda larga móvel se deve a duas inovações: os progressos das redes de alta velocidade (3G e superiores) e os dispositivos com mais capacidade de armazenamento e tela maior.

O estudo prevê que, em 2013, deverão ser vendidos cerca de 300 milhões de smartphones, o que representará 23% da venda total de celulares. Mas suas limitações em termos de tamanho de tela, processamento e bateria vão exigir especial habilidade dos desenvolvedores de conteúdo e aplicativos.

Para baixar todo esse conteúdo será preciso banda, constata o documento. A previsão é que o tráfego móvel de dados deverá aumentar 66 vezes entre 2008 e 2013. Como resultado, as operadoras deverão dedicar atenção especial aos problemas de congestionamento e à qualidade da experiência do usuário.

Outro desafio para as operadoras será equilibrar a oferta de velocidades maiores com planos de banda larga móvel acessíveis a mais pessoas. A transparência de preços será fundamental para essa expansão. Uma possibilidade é o acesso pré-pago – que, na Europa de 2014, deverá representar 59% de todas as conexões – em 2008, essa cota foi de 8%.

IDG NOW

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Doações via SMS para o Haiti superam os US$ 22 milhões nos EUA

O valor enviado por mensagens de texto via celulares já é quase um quinto do total recebido pela Cruz Vermelha Americana.

A Cruz Vermelha Americana recebeu mais de 22 milhões de dólares em doações feitas por meio de mensagens de texto norte-americanas para ajudar o Haiti, informa o jornal The Washington Post.

O valor arrecadado foi muito além do recorde anterior, que era de 400 mil dólares enviados para uma situação de emergência com tecnologia similar.

Os 22 milhões de dólares são quase um quinto dos 112 milhões de dólares que foram arrecadados até agora pela Cruz Vermelha Americana. A maior parte da quantia foi recebida de formas tradicionais, como doações online ou corporativas.

O processo de doação por SMS funciona com o envio da palavra “Haiti” de um celular para o número 90999, que adiciona automaticamente uma cobrança de 10 dólares à fatura do assinante.

As operadoras afirmaram que estão descontando as taxas tradicionais dessas mensagens para as ajudas ao Haiti.

Para mandar o dinheiro ao país mais rápido, a operadora Verizon afirmou que já enviou cerca de três milhões de dólares à Cruz Vermelha Americana. Normalmente, as companhias de telecomunicações têm que esperar pelo pagamento do usuário, algo que pode levar meses, e só depois enviar o dinheiro para a instituição.

IDG Now!

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iPhone: 99,4% dos downloads para celular

É o que afirma o Gartner. App Store teria gerado US$ 4,2 bilhões para a Apple; ComScore contesta.

Quando o assunto é loja de aplicativos para smartphones, todos querem ser a App Store. Segundo o Gartner, o serviço da Apple respondeu por 99,4% dos downloads de programas para celulares feitos em lojas de aplicativos.

Esse resultado teria gerado uma receita de mais de 4,2 bilhões dólares para a companhia. O número é tão impressionante que o instituto ComScore contesta a veracidade.

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Internet no celular: entre o iPhone e o Dotmobi

O acesso à internet em celulares pode tomar dois caminhos: sites no padrão .mobi, proposto por um consórcio de grandes empresas. Ou sites normais, acessíveis pelo iPhone.

Ricardo Vaz Monteiro – Webinsider

O acesso à internet através de celulares pode ser uma experiência frustrante pela soma de três fatores principais:

  • O navegador wap embutido nos celulares tem tantas restrições que a navegação através do conteúdo é lenta e difícil.
  • A tela dos celulares atuais também restringe em muito que tipo de conteúdo pode ser apresentado.
  • A falta de conteúdo especialmente desenhado para ser acessado via wap.

O Wap (Wireless Application Protocol) nunca decolou devido a estas razões. No entanto, acessar a internet através de celulares e PDAs é o santo graal da inclusão digital, já que o mercado de usuários de celulares é pelo menos quatro vezes maior que o tamanho do mercado de acesso à internet, e pelo menos duas ordens de grandeza maior (100x) que o mercado de registro de domínios.

Duas iniciativas distintas e concorrentes tentam mudar este cenário para proporcionar uma boa experiência de uso. A primeira iniciativa é o .mobi (chamado Dotmobi), uma extensão gTLD (Generic Top Level Domain) para domínios com conteúdo especialmente desenhado para ser acessado via celulares.

Na prática o Dotmobi é um domínio como qualquer outro, porém com uma qualificação do conteúdo, caracterizado para ser acessado em celulares e PDAs. A idéia é que as empresas, além de seus sites normais (.com.br ou .com), mantenham versões especiais para serem acessados por aparelhos móveis, ou seja, sites com a extensão .mobi.

O Dotmobi é formado por um consórcio de pesos pesados do mercado de telecomunicações, como Vodafone, Nokia, Ericsson, T-Mobile, Samsung e outros da área de tecnologia, como a Microsoft, Google e Visa. O consórcio, além de registrar os domínios .mobi, disponibiliza também ferramentas especiais para desenvolvimento de conteúdo para celulares e PDAs.

Um leitor atento perceberá que um nome em especial não participa do consórcio: a Apple.

A Apple seguiu outro caminho e espera que o iPhone proporcione uma experiência tão boa de acesso e navegação na internet que nenhum conteúdo especial, ou registro de domínio, tenha que ser especialmente desenvolvido para estes aparelhos.

O navegador do iPhone é o Safari e a navegação na internet através do iPhone é razoavelmente boa, porém cansativa, já que exige que você use seus ?dedos? e o touch-screen para fazer scroll, pan e zoons.

As duas soluções vão sobreviver e serão concorrentes. O iPhone deverá ocupar a posição high-end do mercado, por ter mais recursos e ser mais caro. Por outro lado, a grande massa de celulares com menos recursos necessita de conteúdo. E neste caso, a melhor opção é o registro do domínio .mobi e a criação de conteúdo especialmente para estes aparelhos.

A Apple mais uma vez é pioneira e posiciona sua marca no high-end do mercado, divulgada através de um incrível buzz marketing criado e mantido por uma legião de fãs que se identificam, ou que querem se identificar, com uma marca ?cool?. [Webinsider]

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Mais informações:

1. O iPhone acessando a internet (vídeo da Apple)
2. Ferramentas para desenvolvimento de conteúdo .Mobi

Sobre o autor

Ricardo Vaz Monteiro (ricardo@nomer.com) é diretor executivo da empresa Nomer.com e autor dos livros Escolha seu.com e Google Adwords: a arte da guerra

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2007, o ano em que a internet saiu do computador

A consolidação da internet fora do computador – no celular, no painel eletrônico dos elevadores, no cinema e, claro, na TV.

Por Marcelo Sant’Iago – Webinsider

O Pedro Cabral, que dispensa apresentações, desde 2005 fala dos ?teleinterativos?, os novos consumidores que passam boa parte do seu dia (e da vida) em frente a uma tela ? do computador, do celular, do iPod, do painel eletrônico… e agora, desde o último final de semana, podemos finalmente incluir a TV digital, que um dia também poderá se interativa.

Está certo que, como atualmente não temos nenhum Assis Chateaubriand para comprar set-up boxes e distribuir por aí e por não haver conteúdo relevante e interativo disponível, muito pouca gente já vai sentir o gostinho da mudança. Mas o caminho está aberto. Aliás, foi aberto pela Sky, ao lançar o Sky+ há algum tempo.

Meu ponto é que 2007 foi o ano da consolidação da internet fora do computador – no celular, no painel eletrônico dos elevadores, no cinema e, claro, na TV.

Veja o caso do celular: apesar de não oficialmente lançado por aqui, com a chegada do iPhone parece que os serviços (e campanhas) móveis realmente vieram para ficar. Mesmo no Brasil estamos vendo uma popularização dos chamados smartphones, que agora são anunciados na TV no horário nobre.

Para o profissional de comunicação o cenário é muito positivo e acredito que finalmente veremos iniciativas muito além de ?joguinhos? e votação através de ?torpedos? em 2008, com idéias mais agressivas e inovadoras. Prova disso foi a campanha vencedora do prêmio Yahoo Big Chair para idéias inovadoras, totalmente calcada em ações móveis.

Além disso, Google e Yahoo lançaram produtos específicos para celular, inclusive no Brasil, que com certeza irão fazer parte do dia-a-dia dos teleinterativos. Mas, na minha opinião, publicidade ?tradicional? (anúncios, patrocínios) no celular será algo inviável e o caminho sem dúvida está em serviços e ações de conveniência.

Ainda sobre o celular, um parênteses rápido para os marketeiros modernos: a pronúncia correta é ?môbou marketing? e não ?mobáiou marketing?.

E os elevadores? Eles também já têm suas telas com internet, o que falta ali ainda é interatividade. Com tanto celular por aí, já era hora de termos algumas ações envolvendo Bluetooth: entre um andar e outro, você interage com a tela e baixa a cotação do dólar, notícias atualizadas ou horários de cinema.

O mesmo poderia acontecer no cinema, mas aí com ações promocionais mais amplas. Por exemplo: você conecta via Bluetooth e baixa código promocional para comer um lanche no shopping depois da sessão. São apenas idéias, que com certeza já já estarão acontecendo.

Uma nova tela que chegou recentemente à nossa vida é o Kindle, um leitor eletrônico de livros digitais lançado pela Amazon que se esgotou em questão de horas. Com conexão sem fio, ele oferece mais de 90 mil títulos para download (inclusive 100 dos 112 best sellers do New York Times), mais de 250 blogs para leitura e sem necessidade pagar pela conectividade. UAU!

Resta agora saber se as pessoas vão finalmente sentir-se confortáveis em ler através de uma tela, pois até então nenhum dos outros leitores de livros eletrônicos já lançados fez grande sucesso. Mas sem dúvida há grande expectativa de que o Kindle possa ser para indústria de livros o que o iPod foi para a música (e o iPod, para fazer uma piada manjada, agora só falta falar. Mas aí ele vira iPhone).

Aonde mais falta tela? Nos carros…uhmm, não em New York, onde agora é mandatório todos os táxis terem uma tela com acesso à web, que mostra, além da rota da sua corrida através de GPS, mapas, endereços e permite pagamento através de cartão de crédito.

Tive a oportunidade de andar em um desses novos carros em setembro e realmente é um recurso bacana, mas que ainda levanta discussões acaloradas sobre privacidade, devido ao GPS.

Até o dinheiro agora tem tela: você já pode usar seu celular para pagar contas, no lugar de seu cartão de crédito, graças a leitoras inteligentes. Junto com o dinheiro, chegaram as etiquetas eletrônicas ou RFID no jargão técnico. Como bem explica Ricardo Cavallini,

?não é exatamente uma novidade, já que foi usado para identificar aviões inimigos na Segunda Guerra Mundial. Mas com amadurecimento da tecnologia, ela voltou com força depois que o Wal-Mart resolveu obrigar seus 100 maiores fornecedores a implantar RFID em seus produtos?.

Cavallini, aliás, é autor do ótimo livro ?O Marketing Depois de Amanhã?, leitura obrigatória para entender como a tecnologia influencia o marketing.

Por essas e outras, acredito que 2007 será no futuro considerado um ano emblemático para a comunicação interativa além do computador. Claro, muitas idéias serão apenas isso ? idéias. Mas muita coisa chegou para ficar. Quem assistiu Minority Report sabe do que estou falando. [Webinsider]

Sobre o autor

Marcelo Sant’Iago (mbreak@gmail.com) gerente geral da iProspect Brasil e mantém o blog Poucas e Boas.

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Desenvolver aplicativos ou mobile sites?

Java, iPhone, Symbian, Blackberry, Android, Windows Mobile… além de escolher as plataformas, as marcas e os desenvolvedores procuram identificar as vantagens de concentrar esforços em aplicativos ou sites para celulares.

Por Eric Santos – Webinsider

Um dos maiores desafios para as marcas e desenvolvedores em mobile marketing é a escolha das plataformas para qual será desenvolvido um determinado serviço ou conteúdo móvel.

Devido à grande diversidade de aparelhos, além dos mobile sites, há a possibilidade de se desenvolver aplicativos para  várias plataformas – Java, iPhone, Symbian, Blackberry, Android, Windows Mobile, dentre outras.

Essa escolha depende principalmente do público-alvo e do tipo de serviço a ser oferecido, sendo a decisão tomada geralmente em dois níveis:

  • 1. Faço aplicativo e/ou mobile site?
  • 2. Caso faça aplicativo, quais plataformas utilizo?

Vantagens dos aplicativos

Vejamos primeiro algumas características que auxiliam a responder a questão número um. Algumas vantagens dos aplicativos em relação aos mobile sites são:

  • Melhor experiência para o usuário. O aplicativo possibilita uma melhor utilização de recursos gráficos e de interface, proporcionando um uso mais rápido e agradável para o usuário. Além disso, é possível disponibilizar conteúdo (todo ou parte dele) para ser acessado offline.
  • Share of hardware. Pela simples presença do ícone dentro do celular, o aplicativo tem o potencial de criar um vínculo um pouco mais forte e recorrente do usuário com o serviço do que um site móvel marcado nos favoritos do navegador. (Saiba mais sobre o termo share of hardware)
  • Menor custo de acesso. Nos aplicativos, toda a parte da interface já está ‘instalada’ no celular, o que implica em um tráfego de dados muito menor para se acessar um determinado conteúdo da internet. Ou seja, para grande maioria dos usuários, isso significa um custo bem mais baixo pelo uso do serviço. A implicação prática desta característica varia bastante de acordo com o público-alvo. Usando como exemplos dois dos nossos serviços, no caso do Voos Mobile o custo do tráfego de dados não apresenta tanta relevância devido ao perfil econômico dos usuários (pessoas que voam com frequência). Já para o mKut, os usuário são extremamente sensíveis ao custo do acesso, e para muitos o aplicativo é a única solução viável financeiramente para se utilizar o serviço.
  • Acesso a recursos nativos do celular. Os aplicativos possibilitam a utilização de recursos nativos do aparelho (câmera, GPS, Bluetooth, agenda, etc.).  Para os casos em que essas funcionalidades são essenciais, fazer um aplicativo ainda é a única alternativa. Essa vantagem tende a diminuir ao longo do tempo devido à evolução dos navegadores dos aparelhos.
  • Possibilidade de monetização pela venda ou micro-pagamentos. Com o sucesso da App Store da Apple e o surgimento das lojas de outros fabricantes, vender aplicativos tornou-se uma opção mais concreta para algumas empresas. Além disso, dependendo do tipo de negócio ou serviço, é possível para uma marca vender bens, conteúdos ou acesso premium através de micro-pagamentos dentro dos aplicativos. Essa opção está disponível atualmente na versão 3.0 do sistema operacional do iPhone.
  • Mobile games. Para a grande maioria dos games, por conta dos requisitos de mídia e performance, os aplicativos são a única solução viável para implementação.

Vantagens do site mobile

Analisando o outro lado, os mobile sites também apresentam uma série de vantagens em relação aos aplicativos. Entre elas:

  • Distribuição facilitada. É bastante simples comunicar e estimular a experimentação de um mobile site pelo usuário. Além de poder divulgar o endereço em qualquer outra mídia (TV, revista, jornal, folhetos, outdoors, etc.), o uso de outras ferramentas como o SMS-link e QR-Code facilitam ainda mais o acesso. Já para o aplicativo, mesmo no caso do iPhone que possui uma forma simples e intuitiva para se instalar aplicativos – a App Store – há a barreira da instalação que por vezes dificulta o imediatismo do uso, especialmente nesses casos onde o serviço é promovido através de outras mídias.
  • Ferramentas de busca. Ao contrário dos aplicativos, os mobile sites são indexados pelas ferramentas de busca, por isso fica muito mais fácil para os usuários ?descobrirem? os serviços, especialmente quando já estão em mobilidade. Vale ressaltar que todos analistas entendem que a busca será um dos grandes alavancadores da internet móvel, assim como tem sido para a fixa.
  • Facilidade de atualização. Para o lado da marca, é possível atualizar continuamente o conteúdo do mobile site garantindo que o usuário sempre verá a última versão disponível, o que não ocorre com os aplicativos offline. Além disso, essa atualização é instantânea, já que não é necessário qualquer tipo de aprovação de terceiros, como no caso da Apple com os aplicativos para iPhone.
  • Custo/tempo de desenvolvimento. Pelo grau de dificuldade e pela oferta de recursos no mercado, é mais rápido e barato para a marca criar um mobile site do que um aplicativo, o que muitas vezes viabiliza projetos com orçamentos menores ou prazos mais apertados.
  • Compatibilidade. O mobile site, desde que desenvolvido corretamente, é a forma mais universal de se disponibilizar um serviço móvel com garantia de funcionamento na grande maioria dos aparelhos da base. (No entanto, para melhorar a experiência do usuário é recomendado fazer diferentes versões para diferentes aparelhos, como comentado aqui.)

Considerando os pontos acima e assumindo que seja interessante para a marca desenvolver um aplicativo, ainda fica pendente a questão de qual plataforma escolher para este desenvolvimento.

Foge do escopo desse texto uma discussão mais elaborada sobre esse ponto, mas é possível resumir afirmando que a plataforma Java atende os principais requisitos dos aplicativos e funciona em quase todos os celulares, à exceção do iPhone, que possui uma plataforma própria, porém com mais possibilidades de uso de recursos técnicos e de mídia.

Em suma, os aplicativos Java são ?universais?, enquanto os aplicativos iPhone são mais ?poderosos?.

Feita toda a análise, deixo algumas dicas práticas para serem usadas na hora de se escolher o que fazer:

1. Faça a ?lição de casa? primeiro: ter um mobile site é essencial. Mesmo para o caso de serviços móveis mais elaborados que exigem aplicativos, ainda vale a pena criar um mobile site no mínimo com uma descrição do serviço e link para download do aplicativo.

2. Sempre que possível, é interessante ampliar os benefícios para os usuários e também fazer o aplicativo Java. Além das vantagens mencionadas acima, com o aplicativo Java é possível fazer ações de marketing de proximidade distribuindo o conteúdo gratuitamente para os usuários através de Bluetooth.

3. Aplicativos iPhone (e em breve no Brasil, Android) são uma ótima forma de promover serviços diferenciados a um público muito qualificado. Apesar de poder se considerar a ?cereja do bolo? por conta do ainda baixo percentual de usuários, os donos desses aparelhos são muito mais engajados e acostumados a utilizar serviços móveis, além de uma maior geração de mídia espontânea.

Para quem quiser se aprofundar mais sobre o assunto, convidamos a participar da discussão e encontrar mais materiais no blog de mobile marketing da Praesto. [Webinsider]

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Sobre o autor

Eric Santos (@ericnsantos no Twitter) é diretor-executivo da Praesto Convergence, especializada em soluções para mobile marketing através de aplicativos e mobile sites, que mantém um blog sobre mobile marketing e advertising.

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Bibliografia sobre internet e cultura digital

Uma lista de livros e artigos, divididos por tema, para quem quiser aprofundar.

Por Juliano Spyer – Webinsider

História da internet

Abordagens críticas

Possibilidades da internet

Teoria e background

Geração digital

Comportamento

Cultura popular

Redes sociais

Blogs

Conteúdo gerado pelo usuário

Ética, confiança e privacidade

Buscas e inteligência coletiva

Impacto no jornalismo e veículos impressos

Negócios, marketing e inovação

Política

Saúde

Guias para o usuário

Software

Artigos

Mídia social

Web 2.0

Outros recursos

[Webinsider]

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Sobre o autor

Juliano SpyerJuliano Spyer (juliano@naozero.com.br), autor do livro Conectado e do blog NãoZero, é especialista em mídia social e projetos colaborativos na web.

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24h online

A popularização dos smartphones está chegando.

Por Marcelo Castelo – Webinsider

Antes da internet móvel, eu ficava em média oito horas por dia conectado. Agora, com o telefone celular, só não estou online enquanto durmo.

Tenho certeza que não acontece só comigo. Sei que o celular modificou o acesso à internet de muitas pessoas.

Diante do movimento gerado pela internet móvel, consigo visualizar dois perfis claros de usuários.

O primeiro, provavelmente pertencente à classe A e B, utiliza, assim como eu, a internet no celular como um complemento: acessa no carro durante o trânsito, esperando reuniões, em casa “durante a novela” etc.

Estamos falando de pessoas do meio corporativo, empresários, pessoas que gostam de tecnologia e que precisam ou querem estar conectados 24h por dia. Muito provavelmente esse cidadão possui um smartphone.

O segundo perfil tem a internet no celular como principal opção de acesso. Este usuário está disposto a navegar em uma interface “ruim”. Quer dizer, ruim para mim, mas para ele significa inclusão digital.

Afinal, há muitas pessoas que só possuem acesso à internet pelo computador em lan house, casas de amigos ou no trabalho. Para elas, o celular é a principal via de acesso, além de ser a única a que podem recorrer a qualquer momento.

Dia desses, ao chegar ao trabalho, pude observar o porteiro do edifício navegando no Orkut pelo celular. O aparelho não era dos melhores e a navegação, idem. Quer dizer… pergunte ao porteiro se ele concorda com a afirmação anterior.

Concordando ou não, a tendência é que essa interface “ruim” passe a fazer parte cada vez menos de nossas vidas. As projeções em relação às vendas de smartphones são bem animadoras, superando inclusive o número de computadores.

Não precisamos ir muito longe para começar a sentir a mudança. Já podemos ver o lançamento de aparelhos cada vez mais amigáveis e (alguns deles) acessíveis.

Os aparelhos já nascem com esse propósito. O MotoCubo é um belo exemplo disso. Além de incentivar a compra por classes mais baixas, aparelhos como este também “convidam” os jovens a começarem a usar smartphones.

É um movimento sem volta. Todo mundo sai ganhando com smartphones: usuários, operadoras e anunciantes.

Os usuários passam a ter um aparelho high-end a um preço mais acessível. As operadoras aumentam o seu ARPU. Prova disso são as diversas iniciativas que vêm realizando para incentivar a venda de smartphones.

O crescimento nas vendas de smartphones tem como reflexo direto o crescimento do acesso à internet móvel. Chegará um momento em que todas as empresas, ou pelo menos aquelas que quiserem manter-se bem no mercado, serão obrigadas a investir na internet móvel.

Segundo especialistas entrevistados pelo Pew Internet, o celular será, em 2020, a forma primária de acesso à internet para a maioria das pessoas.

Os grandes portais já estão de olho. Todos eles estão presentes na internet móvel. E o mesmo acontece com alguns anunciantes.

Porém, ainda há muita gente e muitas empresas que precisa correr atrás. As construtoras, por exemplo, deveriam obrigatoriamente ter um site móvel, pois o seu “produto” tem tudo a ver com localização. E localização tem tudo a ver com o celular.

O futuro da internet móvel é promissor e seu presente já é bem interessante. Quem conseguir enxergar isso antes já terá vantagens competitivas. [Webinsider]

Sobre o autor
Marcelo Castelo (twitter.com/mcastelo) é sócio da F.biz e editor-chefe do blog Mobilepedia

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Smartphones ajudam revistas a se tornarem interativas

Stephanie Clifford – retirado do Portal Terra

A mídia impressa pode ser bidimensional, mas isso nunca impediu as editoras de revistas de tentar acrescentar dimensões adicionais às páginas de suas publicações. Há pelo menos uma década, elas vêm testando códigos de barra e ícones que conduzem leitores a sites, em um esforço por oferecer alguma interatividade.

No entanto, o consumidor comum não dispõe de um leitor de código de barras – ou pelo menos não dispunha até agora. Com a súbita onipresença dos celulares inteligentes, que têm aplicativos capazes de ler códigos de barras, e de celulares equipados com câmeras, capazes de fotografar ícones, revistas como a Esquire e InStyle estão acrescentando recursos gráficos interativos a seus artigos, enquanto a Entertainment Weekly e a Star vão passar a inclui-los em anúncios.

Enquanto isso, as editoras usam programas de mensagens de texto para tentar animar suas páginas; as mensagens com informações são enviadas aos leitores, e a resposta destes é utilizada para calibrar as pautas.

A ideia não é nova. Em 2000, uma empresa chamada Digital Convergence criou um produto chamado :CueCat. A premissa era avançada, mas simples: as páginas de revistas conteriam códigos de barras que os leitores poderiam escanear, e isso os conduziria a sites específicos. Isso os ajudaria a encontrar a camisa que estava no anúncio, ou a obter informações sobre a picape Ford que desejavam.

Mas a tecnologia era ineficiente. As publicações que utilizavam o sistema, entre as quais as revistas Forbes e Wired, tinham de enviar aos seus leitores uma leitora manual de código de barras e um CD com o software :CueCat. Os assinantes precisavam instalar o software, conectar o aparelho aos seus computadores e usá-lo para ler os códigos de barra. O método era complicado e trabalhoso, e na maioria dos casos seria mais fácil fazer uma busca ou mesmo copiar manualmente um longo endereço de web. Esse é um dos motivos principais para que o :CueCat tenha desaparecido do mercado.

Mas hoje os usuários não precisam de nada disso, porque dispõem de celulares inteligentes.”A ideia é basicamente a mesma – mas agora todo mundo tem um leitor eletrônico de código de barras no bolso”, disse Jonathan Bulkeley, presidente-executivo da Scanbuy, que está trabalhando em um programa que envolve o uso de celulares com a Esquire, bem como junto a outras publicações.

É claro que ainda restam certas preocupações, passados 10 anos. As editoras podem publicar quantos códigos de barras desejarem, mas convencer os leitores a usá-los é outro assunto. Embora códigos de barra estejam integrados à vida cotidiana de países como o Japão – as pessoas obtêm informações sobre valores nutritivos lendo os códigos de barra na embalagem de sanduíches McDonald’s -, os consumidores norte-americanos jamais desenvolveram o hábito. E agora que os serviços de busca são rápidos e precisos, os anunciantes e as editoras provavelmente terão de oferecer algo de espetacular, e não um simples site, para convencer as pessoas a ler um código de barras.

Em sua edição de março, a Esquire terá códigos da Scanbuy em um artigo sobre a Esquire Collection ¿ “os 30 itens de que um homem vai precisar por toda a vida”, diz David Granger, editor-chefe da publicação. Ao lado de cada item estará impresso um pequeno código semelhante a um conjunto de quadradinhos brancos e pretos, e os leitores poderão lê-lo com um celular dotado de acesso à web.

O código os conduzirá a um cardápio de navegação que oferece conselhos de moda da Esquire quanto ao item, e informações sobre onde comprá-lo.

Um aplicativo chamado ScanLife, amplamente disponível online para download gratuito, transforma um celular em leitor de código de barras. Existem versões para o iPhone, o BlackBerry e aparelhos com o software Android, e o aplicativo vem de fábrica em muitos dos celulares da Sprint nos Estados Unidos. O ScanLife também consegue ler códigos de barra padronizados, em muitos modelos de celular, e por isso pode ser usado, por exemplo, para comparações de preços.

“Sempre ouvimos falar de tecnologias diferentes que permitem que as pessoas reduzam a distância entre a inspiração de ver alguma coisa em uma revista e fazer alguma coisa concreta a respeito”, disse Granger.

Ainda que a Esquire vá fornecer aos leitores informações sobre lojas que vendem os produtos, disse Granger, por enquanto a revista não procurará comissões sobre as vendas propiciadas por esse uso da tecnologia. “Não estou certo de que tenhamos uma maneira clara de receber um quinhão, por enquanto”, disse. “Mas seria interessante fazê-lo, caso a ideia decole”.

Granger acrescentou, porém, que a Esquire teria de considerar cuidadosamente algumas questões de integridade editorial despertadas por esse tipo de tecnologia.

Bulkeley disse que a decisão da revista de introduzir o Scanbuy na porção editorial da revista, e não como anúncio, faz sentido. “Creio que os anunciantes verão aquilo e imaginarão que poderiam fazer o mesmo. Mas é importante que a liderança seja do lado editorial, para mostrar aos anunciantes que a revista apoia a ideia, já que existe a necessidade de um componente educativo”, disse.

Calças Dockers, da Levi’s, estão entre os produtos destacados na coleção Esquire. Jennifer Sey, vice-presidente de marketing mundial da Dockers, diz que a empresa quer ver a reação dos leitores, e acrescentou que veicular anúncios contendo códigos “é uma ideia realmente interessante e que nós podemos empregar”.

Tradução: Paulo Migliacci ME

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